Monday, June 18, 2007

Beringela

"Que arma do crime tão estranha..." - pensou o Inspector - "Mas também tudo serve quando o ódio supera a razão!". Não deixava de ser, no entanto, uma forma bastante peculiar de usar uma beringela...
A vítima vivia sozinha, tinha 41 anos e um trabalho bastante monótono. Não parecia ser homem de grandes paixões (tudo na casa era prático e convencional), nem de as despertar( tinha aspecto de ser mais velho e de costumes bastante regulares).
Segundo a vizinha que o encontrára, uma senhora dos seus 60 anos e com ar de ser bastante intrometida, era uma pessoa simpática e pacata, de boa súde, "que nunca lhe parecera do tipo de acabar com a vida assim de um momento para o outro, ainda para mais andava a combinar uma viagenzita à terra para visitar os pais (que ainda eram vivos e de quem se dizia serem descentes de uma aristocrata qualquer), sabe que eu reparo muito nestas coisas e vi logo, mal lhe pus a vista em cima quando veio p'raqui morar, que tinha um porte elegante e por isso a história deve ser verdadeira, além do que era muito generoso e por isso devia ser muito rico", etc, etc, etc. O porte elegante o Inspector não via aonde e em relação a riquezas, a vítima parecia viver de forma bastante modesta, por isso deixou-se estar a ouvir a pobre senhora sem tomar grande atenção ao que esta dizia.
Segundo os perito forenses não havia impressões digitais na "arma do crime". O Inspector olhou em volta. Tudo arrumado, perfeitamente normal, excepto um corpo no meio da sala com uma beringela enfiada na boca. Não havia bilhete em lado algum, mas também nem todos os suicidas decidem deixar mensagens para quem os encontra.

A investigação não durou muito. Passado uns dias, ao investigar o passado da vítima, o Inspector encontrou um incidente que lhe despertou a atenção: um concurso de vegetais em que a vítima saíra vencedora graças a uma beringela! O Inspector não tinha muitas esperanças, mas nunca se sabe a que é que uma pessoa pode guardar ressentimentos...
Foi-se a ver, o 2º premiado tinha estado na cidade nessa altura, pela 1ª vez em dez anos. A tal vizinha tinha-o visto sair do prédio nesse dia pouco antes de encontrar a vítima. E as únicas impressões digitais recentees encontradas na casa para além das da vítima e das da vizinha, encontradas na porta e, foi-se depois a ver, na caixa de lembranças onde a vítima ainda guardava o prémio, correspondiam ao suspeito.
Ao que parecia, graças àquele prémio, a vítima tinha "ganho" uma esposa (entretanto falecida) e o suspeito perdido uma namorada muito querida...

4 comments:

Anonymous said...

ela é veia de engenheira... ela é veia de fotógrafa... ela é veia de realizadora... ela é veia de escritora... ela é veia de... com tanta veia, não haverá por aí uma arteriazita com queda para a poesia?

Anonymous said...

Ideia digna de um policial de Agatha Christie :D
oh algures no norte, alguma dúvida q esta rapariga é multifacetada, versátil e cheia de veias e artérias talentosas? :P

Anonymous said...

Sem dúvida !

Meggy said...

Realemnte... opah tá tdo dito... bem posso acrescentar um cnvite para algo num futuro proximo (talvez naum taum proximo!). Cheia de inpiração como andas, escreves já o nosso primeiro sucesso. Com ou sem beringela, já tenho guionista.

Bjnhsss

P.S. O quê?? Ainda aí estás opah levanta-te, 'butes q o aviao naum espera !