Tenho um quadrado negro à minha frente. Um negrume intenso de um vazio imenso e eu à sua frente. Olho-o sem entender. Olho-o sem me mover. Não consigo ver os seus limites, tal é a sua dimensão, mas sei (e sei-o interiormente) que é um quadrado suspenso à minha frente.
No mais primordial de mim, conheço esse vazio. Sei que é ele a minha origem. Sei que é ele o meu fim.
Afloro a sua superfície, toco-a, mas não a sinto e parte de mim desaparece. Parte de mim invisível e eu frente a um quadrado negro. Sem limites. Sem fronteiras. Uma janela infinita perante mim. Mas dando para onde? E se é uma janela donde avisto o negrume, onde me encontro eu?
Suspensa, parada, observo o todo, vendo apenas a densidade escura diante de mim. Ínfimos pontos de luz preenchem infinitamente o negrume frio que já foi quente depois de ser inexistente.
Tenho um quadrado infinito à minha frente, quase como se dentro de mim.
Afinal, quem me garante que o Universo não parece ser infinito apenas quando considerado do meu referencial e relativamente à minha escala de tempo?
3 comments:
Não conhecemos os seus limites
não podemos imaginar aquilo que desconhecemos...
podemos pensar que é um espaço tão vasto, infinito talvez, como a nossa propria mente.
Mas pensando bem se clhr ate ela tem um limite... ou seremos nós prorpios que o estabelecemos? então poderia tambem estabelecer um limite para o universo...
Meggy, vai tomar um XANAX.
Já tomei hoje ju, n posso absar q a coisa tá cara xD
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